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Aquilo que não está nos livros
Aquilo que não está nos livros de história do Brasil resulta em carência para a maior parte da população brasileira: a história do negro. A exclusão da imagem dos negros que influenciaram a história do país e que foram esquecidos pelo fato de serem considerados escravos, insignificantes.
Diante da lei todo brasileiro tem os mesmos direitos, mas, durante a história contada nos livros não existem as marcas dessa igualdade. É nítida a desigualdade nas ruas e no caos social em que vivemos. Que no final castiga todos, especialmente, desprovidos financeiramente.
Privação de informação leva a alienação, consequentemente, leva o individuo a falta de identidade. Tirando o direito de alguns de seguir suas raízes e encontrar seu espaço no mundo. O obrigando a ser quem ele nunca quis ser e nem será.
Qualquer informação que é ocultada de uma história a distorce, não será a mesma história. Toda história tem conflitos, tem interpretações, personagens que compõem um cenário. Mesmo um monólogo não existirá sem esses detalhes. Um conflito que não concede a versão de ambos lados resulta em injustiça. Devemos pensar nisso em todas as esferas e questões da nossa vida.
Falar apenas de um lado é propagar meia verdade, o que pode ser uma grande mentira.
Tudo aquilo que não está nos livros está preso em alguma mente ou esquecido no passado, de onde, talvez, nunca será resgatada. É preciso estar alerta a meia verdade, isso contradiz a igualdade e democracia.
Já compartilhei em outros posts que eu tinha sonhos profissionais e por não serem funções tradicionais para negros não consegui trilhar com facilidade em outros caminhos.
Hoje, na era digital, temos como buscar mais informações e compartilhar nossas ideias. E graças a militantes de movimentos negros a história do negro está sendo resgatada.
A Ex-Consulesa da França no Brasil, Alexandra Lora em parceria com o historiador Carlos Eduardo Dias Machado, lançaram o livro Gênios da Humanidade: Ciência, tecnologia e inovação africana e afrodescendente (Editora DBA). É um resgate as personalidades negras que tiveram um papel importante no desenvolvimento da sociedade. Como exemplo, O esfregão e o balde foram criados pelo inventor negro Thomas Stewart, em 1893. Já a sonda ultravioleta foi criada por George R. Carruthers, em 1972. Sua invenção foi utilizada na missão Apollo 16 à Lua. (Informações extraídas do livro “Negros e negras inventores, cientistas e pioneiros”).
Aquilo que não está nos livros colaborou pra que o racismo se fortalecesse, ignorando referências negras da nossa história.
É motivo de muita gratidão, hoje, poder falar desse assunto e ter pessoas reescrevendo a história e homenageando os negros que colaboraram com a história da humanidade.
Pessoalmente, é a minha chance de sonhar e não me limitar a pensar que só poderia ser uma empregada limitada, quando na realidade posso protagonizar os meus projetos.
Que eu faça a minha parte na área das escritas, é o que gosto e tenho me dedicado nos últimos tempos. Que eu possa colocar em algum livro aquilo que falta e traga inovação.
Eu não vou a lua, mas, eu sonho alto!
Para quem ficar curioso sobre o meu sonho leia o conto Quitandeiras, tenho alguns planos sobre esse tema… um livro… ou uma peça de teatro… ou um curta metragem… sonhos que coloco no papel… a Deus pertence se poderei realizar.
Beijos de luz,
Michelle Cruz
Se a luz não iluminar seu caminho que, pelo menos, fulmine as ideias ruins.
Leitura do mês: “A Cidade do Sol”
Eu fiz um acordo comigo mesma, ler ao menos um livro por mês. Esse mês consegui terminar, ufa! O Livro ” A Cidade do Sol”, do escritor Kjaled Hosseini, é impossível não se prender a história. Já tinha lido o livro “Caçador de Pipas”, fiquei vidrada até terminar de escrever. São livros que não tem como não se emocionar e se revoltar lendo. Continuar lendo